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LIVROS PARA MERGULHAR

  • Foto do escritor: julia ohno
    julia ohno
  • há 7 dias
  • 7 min de leitura

📖 Talvez Você Deva Conversar com Alguém


 

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Autora: Lori Gottlieb

Ano: 2019


📔Sinopse


Lori Gottlieb é psicoterapeuta, escritora e, como ela mesma descobre, também uma pessoa em crise.

Depois de um rompimento inesperado, ela decide procurar um terapeuta — e é nesse movimento que o livro se constrói: entre a terapeuta que cuida e a paciente que precisa ser cuidada.


A narrativa costura histórias reais (com nomes e detalhes modificados) de seus pacientes — John, Julie, Rita e Charlotte — com a própria jornada de autoconhecimento da autora.

O resultado é uma obra sensível, engraçada e profundamente humana sobre o que significa ser vulnerável, amar, perder e tentar se reconstruir.



🌿 Temas que podem ser observados

• Relação terapêutica e escuta: o espaço entre analista e paciente como lugar de transformação.

• Vulnerabilidade e vergonha: a coragem de admitir que precisamos de ajuda.

• Dor e crescimento: o sofrimento como portal para o autoconhecimento.

• Humanização do terapeuta: o profissional que também sente, chora e erra.

• Conexão e empatia: o poder de ser compreendido — e de compreender.


“Talvez a cura não seja sobre se livrar da dor, mas aprender a viver com ela de forma diferente.”



💭 Para se pensar 


O livro de Lori Gottlieb é um espelho duplo: ele reflete a alma do paciente e a do terapeuta.

Ao se colocar como sujeito da própria análise, Lori desfaz a imagem idealizada do psicoterapeuta como alguém que “sabe de tudo”, e nos lembra que a humanidade é o ponto de partida da escuta.


Sua narrativa alterna entre casos clínicos e reflexões pessoais, mostrando como as dores humanas se repetem em diferentes vozes — medo do abandono, sensação de inadequação, perda, solidão.

Esses temas atravessam o consultório e se estendem à vida cotidiana, revelando que todos, em algum grau, estão tentando lidar com o mesmo vazio.


Do ponto de vista psicanalítico, o livro convida o leitor a pensar na importância da transferência e da relação terapêutica como lugar de elaboração.

A autora mostra que o consultório é um espaço onde as palavras ganham corpo, e o que era insuportável pode, pouco a pouco, ser dito.


“Somos todos versões inacabadas de nós mesmos, tentando entender por que fazemos o que fazemos.”


O livro, portanto, funciona como um gesto de aproximação — entre psicologia e vida real, entre teoria e emoção.

Ele não promete soluções, mas oferece algo mais valioso: um olhar humano sobre o sofrimento e sobre a possibilidade de se reinventar.



🌼 Síntese


Talvez Você Deva Conversar com Alguém é um convite à honestidade emocional. Lori fala de forma humana e acessível sobre o processo terapêutico.


É um livro sobre escuta, empatia e coragem — a coragem de olhar para si, de pedir ajuda e de continuar tentando, mesmo quando não se sabe o que vem depois.



Disponível em:

📚 Livro físico e e-book nas principais livrarias

🎧 Audiobook disponível em plataformas como Audible e Storytel

Link para compra: https://a.co/d/730F6ZC 



✨ Reflexão final


Conversar com alguém, como sugere o título, é mais do que falar —

é se permitir ser visto, ser compreendido e, talvez, começar a compreender-se também.


“No fim, todos queremos a mesma coisa: sermos ouvidos de verdade.”







📖 Escrevivências: Identidade, Gênero e Violência na Obra de Conceição Evaristo


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✍️ Sobre a obra


“Escrevivências: Identidade, Gênero e Violência na Obra de Conceição Evaristo” é uma coletânea organizada por Constância Lima Duarte, Cristiane Côrtes e Maria do Rosário Alves Pereira, publicada pela Editora Malê em 2023. A obra reúne ensaios de pesquisadores que exploram as múltiplas dimensões da literatura de Conceição Evaristo, com foco em temas como identidade, gênero e violência. A coletânea se estrutura em quatro blocos que se entrelaçam, dialogam e ampliam seus leques de significação, emergindo como instigantes suplementos de leitura.   



📚 Sobre os textos


Os ensaios presentes na coletânea abordam a obra de Conceição Evaristo sob diversas perspectivas, incluindo:

• Trauma e memória

• O corpo negro

• A magia da palavra


Esses textos oferecem uma análise profunda das narrativas da autora, destacando como suas obras refletem e dialogam com questões sociais e culturais contemporâneas.



💭 Por que ler


Esta coletânea é essencial para quem deseja compreender a profundidade e a riqueza da obra de Conceição Evaristo. Ela proporciona uma análise crítica e acadêmica que enriquece a leitura de seus romances e contos, oferecendo novas perspectivas sobre temas recorrentes em sua escrita.



📚 Disponibilidade


O livro está disponível para compra na Editora Malê, Amazon Brasil e outras livrarias online.





🐺 Mulheres que correm com os lobos



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Autora: Clarissa Pinkola Estés

Ano: 1992



🌕 Sinopse


Clarissa Pinkola Estés, psicanalista junguiana e contadora de histórias, reúne neste livro mitos, contos e arquétipos sobre a essência instintiva e selvagem da mulher.


Com base na psicologia e nas tradições orais de diversas culturas, ela apresenta o conceito da “Mulher Selvagem” — uma força interior ligada à intuição, à liberdade e ao poder criativo feminino.

Cada capítulo revisita um conto simbólico (como Barba Azul ou A Mulher Esqueleto) para revelar os processos de morte e renascimento que fazem parte da psique feminina.



🌿 Temas que podem ser observados

• Arquétipo da mulher selvagem: o instinto como fonte de sabedoria.

• Repressão e resgate da essência feminina: o reencontro com o eu autêntico.

• Ciclos de vida, morte e renascimento: a transformação como parte do processo psíquico.

• Criatividade e intuição: a linguagem simbólica da alma.

• Cura e autoconhecimento: o retorno à natureza interior.


“Dentro de toda mulher vive uma criatura selvagem e natural, uma força poderosa, boa, instintiva e criativa.”



💭 Para se pensar 


Mulheres que correm com os lobos é uma obra que funciona como mito-terapia: um mergulho simbólico nas narrativas que moldam o inconsciente feminino.

Clarissa Estés resgata histórias ancestrais para revelar o que a modernidade tenta silenciar — o instinto, o corpo, o desejo e o poder de cura que habitam as mulheres.


Do ponto de vista junguiano, o livro trata do processo de individuação, o caminho em direção à totalidade psíquica.

A “Mulher Selvagem” representa o arquétipo da alma livre, aquela parte de nós que não se conforma, que sente o chamado da floresta, que busca reconexão com o instintivo.


Cada conto traz um fragmento dessa alma ferida e propõe um movimento de retorno.

Ler este livro é, em si, um ritual de autoconhecimento: um convite para reconhecer e acolher as próprias sombras e, ao fazê-lo, renascer mais inteira.


“Ser selvagem não é ser destrutiva, mas ser fiel à própria natureza.”



🌸 Síntese


Mais do que um livro, Mulheres que correm com os lobos é um caminho de volta para casa — para o corpo, para o instinto e para a voz interior.

Uma leitura que dialoga com a psique e com a alma, oferecendo à mulher contemporânea um mapa simbólico para se reencontrar consigo mesma.



Disponível em:

📚 Livro físico e e-book nas principais livrarias

🎧 Audiobook disponível em Storytel e Audible


✨ Reflexão final


Ler este livro é como sentar à beira de uma fogueira ancestral e ouvir histórias que despertam memórias antigas.

No fundo, todas corremos — ou queremos correr — com nossos próprios lobos.


“A mulher que se lembra de quem é, já começou o caminho de volta para si.”



 


🕊️ A Insustentável Leveza do Ser


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Autor: Milan Kundera

Ano: 1984



🌙 Sinopse


Ambientado na Tchecoslováquia durante a invasão soviética de 1968, o romance de Milan Kundera acompanha as vidas entrelaçadas de Tomáš, Tereza, Sabina e Franz, personagens que vivem o conflito entre liberdade e amor, corpo e alma, leveza e peso.


Com uma escrita filosófica e poética, Kundera transforma cada relação em um espelho das contradições humanas — entre o desejo de viver sem amarras e a necessidade de pertencer.



🌿 Temas que podem ser observados

• Leveza e peso: o paradoxo existencial entre o efêmero e o duradouro.

• Amor e liberdade: a tensão entre entrega e autonomia.

• Corpo e alma: o desejo como linguagem da existência.

• Destino e escolha: a ilusão de controle sobre a própria vida.

• Memória e esquecimento: o que permanece, mesmo quando tudo se vai.


“A leveza é uma libertação, mas também uma ausência de sentido. O peso é o que nos ancora ao mundo.”



💭 Para se pensar 


Do ponto de vista psicológico e existencial, A Insustentável Leveza do Ser explora o conflito essencial entre viver com profundidade e viver com leveza.

Tomáš representa a liberdade e o desapego, enquanto Tereza encarna o desejo de fusão, de amor que tenha peso.

Sabina busca o prazer da transgressão; Franz, o idealismo e o significado.


Cada personagem vive um aspecto da psique dividida entre o impulso de voar e o medo de cair.

Kundera nos convida a refletir sobre o que é realmente suportável: a liberdade absoluta ou o compromisso com o outro e consigo mesmo.


Na leitura psicanalítica, o romance fala da impossibilidade de completude — o eterno retorno da falta.

A leveza pode ser vista como defesa contra o sofrimento; o peso, como tentativa de dar sentido à existência.

E entre esses polos, habita o humano.


“Só o que é vivido uma única vez é verdadeiramente leve. Mas o que é leve, não tem raízes.”



🌸 Síntese


​A Insustentável Leveza do Ser é um dos romances mais poéticos sobre a condição humana.

Kundera transforma o cotidiano em filosofia, e o amor em espelho das contradições da alma.


Uma leitura para quem busca compreender a beleza e o desconforto de existir, e a impossibilidade de separar completamente o leve do pesado — porque um dá sentido ao outro.



Disponível em:

📚 Livro físico e e-book nas principais livrarias



✨ Reflexão final


Entre o peso da existência e a leveza da liberdade, há um ponto onde ambos se encontram: o instante presente.

É nele que habitam a dor, o amor e o sentido.


“Talvez a leveza só se torne suportável quando aceitamos o peso de ser quem somos.”

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